Os moradores
de condomínios mal sabem do que ocorre logo acima de suas
cabeças quando acontecem reparos no telhado do edifício. Exigir
equipamentos de segurança das terceirizadas e capacitação para
trabalho em altura é uma obrigação e um direito do Síndico – se
houver omissão nesse sentido o condomínio pode ser
responsabilizado solidariamente em caso de acidente de trabalho.
Não é de hoje
que eu flagro com minha câmera várias irregularidades de
trabalhadores executando trabalho em telhados - isso revela um
dado preocupante, a grande maioria dos trabalhos realizados
nessa superfície é feita por trabalhadores autônomos ou
funcionários de pequenas empresas que possuem pouco ou quase
nada de orientação para trabalho em altura.
É certo que
para executar um trabalho em altura em especial em cima de um
telhado, há vários procedimentos de segurança para proteger o
trabalhador, além do isolamento do perímetro para evitar que
algum objeto caia sobre as pessoas que circulam pelo local. A
falta de capacitação para trabalhadores autônomos ou pequenas
empresas que possuem poucos empregados é um desafio para a
Segurança do Trabalho.
Alguns
edifícios possuem características que aumenta ainda mais o risco
do trabalho em telhados, como por exemplo, a inexistência de
proteção permanente contra quedas, o que inspira cuidados
extras
pelos trabalhadores,
principalmente no tocante a utilização do cinto de segurança.
Conhecer os diferentes tipos de cobertura e os riscos que cada
uma delas oferece é fundamental para o planejamento e execução
da tarefa - circular por um telhado totalmente desprotegido é
perigoso, daí a necessidade de treinamento.
O trabalhador
informal que muitas vezes se submete ao trabalho perigoso
conhece os riscos, mas mesmo assim continua a trabalhar em
serviços que expõe sua vida ao perigo. Uma solução para acabar
com esse tipo de situação seria o trabalhador autônomo
participar de cooperativas de trabalho onde terá acesso como
cooperado a equipamentos de proteção e orientações sobre
Segurança do Trabalho. |