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Acidente no metrô de São Paulo

 
  Por: Valdeci T. Ribeiro - Técnico em Segurança do Trabalho  
 

Valdeci Ribeiro

Eu, assim como boa parte dos brasileiros, acompanhei através da televisão, o pavoroso acidente ocorrido na linha 4 do metrô de São Paulo. Como Técnico em Segurança do Trabalho e analisando o acidente profissionalmente, tenho a obrigação de opinar de forma imparcial sem apontar culpados, nem fazer juízo de valor. A apuração do acidente cabe aos investigadores que são da maior competência, qualquer manifestação contra ou a favor, seria leviano de minha parte.

Infelizmente a construção civil continua a engrossar as estatísticas de acidentes de trabalho no Brasil. O que está faltando para que isso diminua? Nesse acidente em particular, falta de investimento com certeza não foi, pois todas as empresas que operam a via amarela do consórcio responsável pela obra são muito competentes e com serviços realizados em diversos países.

Seria falta de treinamento? Também duvido que seja isso, as  grandes empresas têm a preocupação de fornecer treinamentos aos seus colaboradores, além disso, um acidente de trabalho custa caro e quando acontece não é nada bom para a imagem da empresa, sendo assim o investimento em treinamento e aperfeiçoamento são constantes.

E então o que aconteceu? Penso eu que mais uma vez o descuido aliado à fatalidade contribuiu para que esse acidente acontecesse. Ouvi diversas opiniões na mídia, mas a que mais me chamou a atenção foi que o tipo de escavação que estava sendo feito não era apropriado para aquele local. O terreno com porções arenosas não aguentou o peso de uma rocha que havia no local, fato que não tinha sido observado em sondagens anteriores no terreno.

Para vocês terem uma idéia, vou me remeter a uma construção diferente, porém extremamente complexa que foi o WTC (World Trade Center) em Nova York. Por ficar muito próximo ao Rio Hudson que margeia a ilha de Manhatan, foi preciso ser construído um enorme muro de contenção para que a infiltração do rio não comprometesse as estruturas do complexo, e as torres se mantiveram soberanas até o atentado de 11/09/2001. Mas o que isso tem a ver com o acidente da linha 4 do metrô de São Paulo? Primeiramente a complexidade da obra, depois a proximidade de rios e finalizando, havia uma estação de metrô que desembarcava no subsolo das torres gêmeas.

O cuidado nos EUA foi maior do que em São Paulo em se tratando de obras de tamanha magnitude? Acredito que não, pois em ambas havia engenheiros competentes trabalhando para que a realização da obra transcorresse com tranquilidade (...como se fosse possível trabalhar tranquilo em uma obra tão grande...).

Muitos especialistas indicaram que ao invés das explosões no subsolo, fosse utilizado o “tatuzão” (máquina que faz perfuração de túneis com maior rapidez), que inclusive já haviam sido utilizadas em construções subterrâneas anteriores em São Paulo.

Por que essas máquinas não foram utilizadas na obra do metrô? Já que esse equipamento era fundamental, por que quem fez a licitação não a exigiu? Quando estamos de fora desses projetos, é muito fácil apontar os erros.

Quando ocorre um acidente como esse, o bem mais precioso que é a vida, só é lembrado sob as luzes dos holofotes, depois que esses são apagados, ninguém mais se lembra. Não nos esqueçamos das vítimas, não só as que morreram, mas todas as pessoas que foram prejudicadas direta ou indiretamente. Utilizemos esse acidente como aprendizado para que no futuro isso não ocorra novamente.

Mais uma vez ficou provado que todo o cuidado é pouco. A atenção, o uso de tecnologias e todos os meios possíveis deverão continuar sendo empregados para que não sejamos surpreendidos com um acidente desse porte novamente. Como Técnico em Segurança do Trabalho eu sempre aprendo com cada acidente, só assim é possível evitar que eles voltem a ocorrer.

Solidarizo-me com todos, em particular com nossos amigos Técnicos em Segurança do Trabalho que participam dessas obras grandiosas e que honram o nome do Prevencionismo.

 
 

Clique aqui e veja o vídeo por dentro do túnel

 
 
 
     
 
 
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