As crianças e
jovens de hoje vivem em um mundo totalmente diferente - o que
existe nas escolas, salvo alguns casos, é reproduzir a velha e
tradicional forma de educar, sem se preocupar com a inovação. É
verdade que há muitos professores criativos que conseguem
ministrar aulas prazerosas, mas na maioria dos casos,
principalmente em escolas públicas, o que vale de fato são as
técnicas de ensino herdadas do passado.
A pior coisa
para um professor em uma sala de aula é não conseguir ‘prender’
a atenção dos alunos – talvez um dos motivos do conflito esteja
ancorado no choque de gerações. Os jovens da chamada geração Y
têm contato com a tecnologia desde a infância – computadores e
telefones celulares fazem parte deste universo. Os alunos de
hoje estão em outro ritmo e isso faz das aulas e do ambiente
escolar atual algo monótono em sem prazer. Essa distância
tecnológica que separa alunos e professores pode ser parte do
problema.
Para mudar essa
situação está mais do que na hora do governo investir em
equipamentos modernos como as salas de aulas high techs. Não
basta disponibilizar um laboratório de informática aos alunos,
tem que adequar as escolas para essa nova realidade, senão
corremos o risco do aluno perder o interesse pelo estudo.
Parece irreal
pedir soluções futuristas para escolas que estão caindo aos
pedaços, porém, se o Brasil quiser entrar no grupo dos países
desenvolvidos, não pode ficar preso aos discursos, precisa
encarar o problema e revolucionar a educação. As escolas
particulares e algumas faculdades já começam a direcionar
recursos e fazer experiências nesse sentido.
O ensino
público por sua vez, além de estar perdendo em competitividade
há muito tempo, corre o risco de formar alunos de segunda classe
que continuarão a não ter “muitas chances” diante da
concorrência. As diferenças entre o ensino público e o ensino
privado se agigantam a cada dia. Criar quotas disso ou daquilo
para proteger o estudante da escola pública e permitir que
ingressem em uma faculdade em vantagem de condições sobre outros
estudantes, só mascara o problema, precisamos revolucionar o
estudo para que todos tenham as mesmas oportunidades.
O ensino
público está claudicando há tempos, se continuar nesse ritmo,
além de coxo, vai deixar de exercer o papel de formar e preparar
cidadãos para o mundo. A escola pública já dava sinais de que
não estava indo bem das pernas na minha época (anos 80), mas
comparando com os dias atuais, no máximo nós sofríamos de uma
dor muscular, hoje o que existe é uma trombose crônica
caminhando para amputação. |