A demissão faz
parte do universo de quem está empregado, no entanto, nenhum
empresário acorda de manhã e diz: “hoje eu vou demitir alguém”.
Há um elevado custo financeiro envolvido nas demissões. Além da
perda do investimento em treinamentos realizados pela empresa e
as despesas com indenizações trabalhistas, há outros custos a
serem considerados, tais como benefícios do seguro desemprego,
perdas de vendas no comércio em
geral e problemas emocionais, só para citar alguns. A demissão cria um problema social em escala.
A demissão
pode ocorrer por ajustes financeiros na empresa em virtude
de alguma crise onde o corte de funcionários é uma das opções.
Ocorre também
nos casos de fraco desempenho do empregado, fim de contratos temporários ou quando o
funcionário comete algum
erro grave em que a sua permanência nos quadros da empresa fique
insustentável, enfim, são muitos os motivos.
Conseguir outro
emprego não é uma tarefa fácil e deve ser administrada com muita
paciência pelo demitido. Alguns fatores podem atrapalhar o
desempregado na conquista de um novo posto de trabalho – a
idade, por exemplo, é considerada na hora da contratação e pode
ser um empecilho para o candidato. Quanto mais velha for a
pessoa, menores serão as chances de recolocação, principalmente
em cargos em que a concorrência é grande. Por outro lado, há os
casos em que a idade pode ser determinante para conseguir um
novo emprego, pois nessa situação a idade está associada a experiência
do candidato, notadamente nos cargos de
Chefia, Gerências em geral, Executivos, Técnicos e Mestres em
diversas áreas. Quando a responsabilidade do cargo é maior e as
tomadas de decisões são fundamentais para a empresa, os
candidatos mais
experientes levam vantagem - nessas situações a idade acaba
ajudando, mas também há alguns limites
estabelecidos.
A qualificação
do candidato é outro fator decisivo para conseguir um novo
emprego - se além da idade o candidato ao emprego for pouco
qualificado, o retorno fica ainda mais difícil. Isso fica evidente
principalmente naqueles candidatos que trabalharam por anos na
mesma empresa e por se sentirem seguros no emprego não se
especializaram ou sequer deram continuidade aos estudos, e
quando se deparam com a realidade do desemprego percebem que
precisarão mudar de comportamento caso queiram outro emprego. (PS.
Se esse é o seu caso atualmente, bote as barbas de molho e
comece imediatamente uma reciclagem profissional.)
"O que não pode ocorrer é uma
pessoa que já possui uma idade que não seja muito competitiva
com um currículo pouco atraente."
Muitos
desempregados continuam fora do mercado de trabalho e grande
parte deles já passou dos 40 anos o que leva a crer que estão
faltando oportunidades para essas pessoas quer por causa da
idade ou pela falta de qualificação do candidato. Por mais que o Governo tente
regular, quem dita as regras é o mercado de trabalho e não há
incentivos fiscais suficientes para contratar pessoas
despreparadas. É proibido mencionar idade, sexo, cor ou situação
familiar em anúncios de emprego, mas isso é facilmente driblado
pelas empresas que podem utilizar esses critérios internamente
sem que ninguém fique sabendo.
O quadro
relatado acima faz parte do dia-a-dia de muitas pessoas, mas não
há motivo para o desespero, pois a capacitação profissional é
uma aliada dos candidatos no retorno ao emprego, mesmo para
aqueles que não têm uma "idade muito competitiva".
"Para não ver a
sua chance de conseguir um emprego pulverizada, procure estar constantemente
atento às novidades. A palavra de ordem é se alinhar às
exigências das empresas e qualificar-se."
É necessário
compreender a dinâmica de contratação das empresas que a cada
dia ficam mais exigentes, cobrando profissionalismo, dinamismo e
formação de melhor qualidade de seus candidatos - só você
pode tornar seu currículo melhor, ninguém mais. O
candidato a uma vaga de emprego precisa pesquisar as
necessidades do mercado e preencher os requisitos para que possa
ser contratado. Eu acredito que a expressão “mercado de
trabalho”, tem a ver com a capacidade da pessoa de vender a si
mesma como um produto.
"Quem é qualificado e possui as
credenciais necessárias para um bom emprego, é disputado pelas empresas."
Há muito tempo
já existe a figura do Headhunter ou na tradução livre para o
Português “caçador de cabeça”, que são pessoas especializadas em
encontrar profissionais com algum potencial específico e que no
futuro serão grandes Diretores, Gerentes ou Executivos de
Multinacionais. Em países como Estados Unidos é muito comum ver
os Headhunters circulando por universidades em busca de talentos
ou assediando profissionais já consagrados oferecendo a eles
oportunidades de trabalho em empresas
concorrentes das quais estejam trabalhando. Pode parecer
antiético alguém ligar em uma empresa e assediar algum
funcionário importante, perguntando se ele gostaria de mudar de
companhia, mas não, aliás, é uma prática bastante tolerada.
A busca do
novo, daquele que pode mudar os rumos da empresa,
faz do trabalho dos Headhunters um negócio lucrativo para
empresas que se especializaram em caçar talentos. Mesmo sendo um
profissional caro, as companhias que contratam Headhunters se
dispõem a pagar o preço, pois estão certas do retorno do
seu investimento, até porque, apostam no conhecimento que o
contratado adquiriu tanto em universidades quanto nas empresas concorrentes.
"Construa um caminho na atividade que escolheu sem
esperar por ninguém."
Quem estiver
desempregado não deve perder tempo se lamentando nem ficar
esperando um telefonema milagroso para resolver o problema -
imediatamente ao perder o emprego, entre em contato com
seus amigos e conhecidos avisando da sua condição. Muitas
contratações são feitas através de indicações, na qual um amigo
que já esteja empregado pode ajudar na transição.
Uma boa
formação profissional e investimentos constantes no conhecimento
são as chaves para a conquista de bons postos de trabalho.
É preciso investir tempo e dinheiro para não correr o risco de
“envelhecer” sem estar com uma carreira consolidada. As
oportunidades estão por aí, basta identificá-las de acordo com o
seu perfil profissional.
A honestidade
é muito importante e conquistar a confiança do patrão é
fundamental para manter-se no emprego, mas para estabelecer-se
não basta somente a confiança do chefe, tem que ter competência
também. |