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O perigo do crédito fácil.

 
  Por: Valdeci Teófilo Ribeiro - Técnico em Segurança do Trabalho - 18/02/2010.  
 

Fui ao banco pagar uma conta de telefone e enquanto esperava para ser atendido fiquei lendo aqueles cartazes de propagandas dos serviços oferecidos pela agência bancária. Depois de um tempo observando, um cartaz em especial me chamou a atenção, nele o banco estava oferecendo R$ 2.000,00 em empréstimo consignado para ser pago em suaves prestações mensais, um total de 60 meses ao valor de R$ 65,00 por prestação. Comecei a fazer o cálculo só para ver quanto que o infeliz “cliente” teria que pagar ao fim do prazo estabelecido – não foi muito difícil de chegar ao montante final, pois quem tomar emprestado essa quantia pagará quase o valor do empréstimo só de juros ou para ser mais exato a bagatela de R$ 1.900,00, total após 60 meses R$ 3.900,00 - isso porque é consignado, ou seja, aquele empréstimo que é descontado direto no contracheque do tomador - só para esclarecer, essa modalidade de empréstimo não oferece risco para a instituição. Eu fico imaginando, se alguém tomasse por empréstimo essa mesma quantia em outras modalidades de créditos oferecida pelos bancos - quanto será que pagaria? Não! Melhor nem pensar.

 

Um outro detalhe me chamou a atenção, o anúncio trazia a frase: “realize o sonho de quem você ama”, deveriam complementar a frase assim: “Realize o sonho de quem você ama e fique com um belo pesadelo”. Eu devo estar ficando besta ou sou o último dos espertos, porque há muito tempo eu não empresto dinheiro de banco, estou para dizer que pelo menos há uns 15 anos o banco não vê um centavo do meu suado dinheiro com pagamento de juros – houve uma época em que eu achava chique ter um monte de cartões de créditos na carteira, cheques especiais etc, essa baboseira toda que as instituições financeiras enfiam na cabeça da gente só para nos escravizar e encher o cofre deles de dinheiro.

 

Esse episódio me fez lembrar de como somos iludidos e mais ainda, de como os nossos governantes são coniventes com bancos e financeiras - é certo que ninguém é obrigado a emprestar nada de ninguém, mas se alguém empresta algo e se submete a pagar juros absurdos é porque não existe uma opção de crédito justa e barata. A diferença do spread bancário é muito alta no Brasil – quando você faz uma aplicação em um banco os juros pagos por eles são ridículos, mas quando os bancos te emprestam algum dinheiro, os juros cobrados são estratosféricos.

 

Quando eu trabalhava em uma empresa, os funcionários se reuniam após o almoço para jogar conversa fora e numa dessas conversas um amigo me questionou sobre como eu fazia para guardar dinheiro, já que ele tinha pelo menos quatro anos de firma a mais e não tinha um tostão furado - não tive dúvidas, chamei meu colega de lado, abri a minha gaveta e saquei uma planilha onde registrava tudo o que eu iria gastar no mês e o que sobrava ia diretamente para a poupança, fazia um esforço danado para não me endividar com lojas – expliquei para ele que não existia mágica alguma, era apenas um controle de gastos, coisa que ele não fazia - pois não é que ele começou a fazer um controle rigoroso de seus gastos e logo comprou um fusquinha.

 

Eu sempre fui de economizar, ninguém me ensinou isso, aprendi sozinho, sempre achei que devemos valorizar o que ganhamos e não sair por aí gastando o que não podemos. O fato de ser rigoroso com minhas finanças não me livrou de alguns infortúnios ou prejuízos em negócios mal sucedidos, confesso que tive alguns – isso também faz parte do aprendizado, porque nem sempre ganhamos.

 

Um outro episódio que me lembrei, foi sobre um outro amigo que criticava a minha forma de guardar dinheiro, já que a velha e segura poupança sempre tinha a minha preferência e ele ao contrário aplicava tudo o que sobrava em Dólar – eu não sou de me influenciar pelos outros facilmente, mas também não sou cabeça-dura e apesar das críticas, continuei com a minha forma de economizar, foi assim que eu consegui comprar a minha primeira motinha, uma CG 125/84 vermelha.

 

A minha conquista não pareceu impressioná-lo, pois suas críticas estavam cada vez mais ácidas - mesmo assim eu não me deixei abalar, porque tinha certeza que estava no rumo certo - pois bem, tempos depois troquei a motinha por outra um ano mais nova, uma CG 125/85 curiosamente também vermelha. Não demorou muito e troquei novamente por outra moto, só que dessa vez não foi uma motinha e sim uma CB 400 II/82, com dois freios a disco, uma verdadeira máquina na época, e para não variar muito, continuei com a cor vermelha. O sujeito só parou de me azucrinar quando eu comprei o meu primeiro carro, um Ford Escort/84, só que esse era da cor branca - até hoje continuo com o pensamento de que nunca devemos gastar tudo o que ganhamos, é sempre bom reservar algum dinheiro para eventualidades.

 

Não há segredo para fazer economia, é só não gastar além da conta e não se meter em empréstimos com juros extorsivos – foi apelando para o crédito fácil com prestações a perder de vista que muito Americano faliu nessa última crise financeira. A roleta russa do crédito sem controle é a ruína financeira de uma pessoa – é muito melhor aguardar meses ou até anos para comprar algo, do que ser imediatista e deixar-se vencer pelo apelo das propagandas que estão por aí.

 
     
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