
Pelo
andar da carruagem logo, logo os Técnicos em
Segurança do Trabalho estarão ganhando Salário Mínimo, até porque o
governo tem dado uma atenção especial ao SM que vem
subindo em números percentuais bem mais do que outras categorias.
Isso é bom e justo para aqueles que são assalariados ou recebem
aposentadorias tendo como base o SM, mas para as
categorias que necessitam de reajustes baseados em índices de
inflação ou dependem de negociações trabalhistas, é claramente
prejudicial.
Pelas
responsabilidades atribuídas ao cargo, um Técnico teria que ganhar
no “mínimo” o piso da categoria do seu estado, isso quando há algum
piso definido. Seria muito bom se tivéssemos um piso nacional
unificado tendo como base o piso salarial do Estado de São Paulo,
mas segundo alguns sindicatos isso é impossível devido às
características de cada região - eu particularmente não concordo com
essa interpretação.
O
fortalecimento da nossa profissão nunca se fez tão necessário quanto
agora - o surgimento do Curso de Tecnólogo pode
parecer algo comum nessa montanha de cursos que surgem anualmente no
Brasil, mas nesse caso não é. Os Tecnólogos tem um longo caminho até
se tornarem concorrentes no mercado de trabalho, só que mais cedo ou
mais tarde isso ocorrerá e o pior de tudo é que ambas as profissões
farão praticamente a mesma coisa. Como isso vai se encaixar na NR-4
eu não sei, só sei que algum dia isso terá que ser feito, só espero
que nós Técnicos não sejamos prejudicados.
Outro tema
importante que vira e mexe está em debate é a importância ou não do
Técnico fazer parte do CREA - eu sinceramente não poderia afirmar se a
inscrição é ou não importante, o que eu posso dizer é que às vezes
se torna uma necessidade. Muitas empresas só
contratam Técnicos se possuírem a inscrição nessa entidade, isso é fato, se é justo ou não é outra
questão. O CREA é uma instituição respeitável e o Técnico deve avaliar a necessidade de fazer parte ou
não. Se a empresa exigir a sua inscrição para admissão ou
simplesmente para manter o seu emprego atual, a minha dica é que
faça a inscrição, agora se for só por status, não vejo a necessidade
de mais esse encargo.
Eu
tenho percebido um completo desespero dos colegas que se formam e
não conseguem trabalhar. Se todas as empresas cumprissem o que manda
as Normas Regulamentadoras, certamente as oportunidades de emprego
apareceriam. Por outro lado há um grande despreparo para exercer a profissão,
isso fica evidente não só na questão do limitado conhecimento
técnico de
alguns profissionais, mas com o pouco comprometimento do profissional com
o nosso idioma. É fundamental que o Técnico se esmere na escrita, porque emitimos muitos relatórios que ficarão
comprometidos se contiverem erros grotescos de Português.
Vamos unir
esforços para que possamos crescer juntos e tornar a nossa
categoria
definitivamente forte. Temos que participar mais da
vida sindical e apoiá-los para que se fortaleçam. Não adianta só
reclamar, devemos dar a nossa contribuição para que os nossos
representantes consigam criar o nosso conselho. O Conselho fortalece
a categoria profissional e tem o poder de tratar das nossas questões, sem a interferência de terceiros.
Quando
deixamos de ocupar certos espaços vem outros e ocupam no nosso
lugar - o vácuo profissional é um desastre para qualquer profissão,
devemos preencher todos os espaços e cuidar para que eles permaneçam
ocupados.
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