
A sociedade padece
de vários males e um deles é a total falta de consideração pela
vida, precisamos pontuar as nossas necessidades e calcular os riscos
para que não caiamos na tentação de viver certos momentos que
poderão nos custar caro. Dependendo do estilo de vida em que se
vive, pode fazer a diferença entre viver por mais tempo ou abreviar
a vida.
O Bareback, por exemplo, é o nome que se dá a um
estilo de vida extremamente condenável e as pessoas que o praticam
pregam o relacionamento sexual sem o uso de preservativos. Sabemos
que essa prática deixa o indivíduo exposto a uma série de doenças
sexualmente transmissíveis dentre elas a AIDS. A prática do sexo
seguro é a única forma de não contrair doenças além de evitar a
gravidez indesejada.
Muitas vezes as
pessoas entram nessas “ondas” por puro desafio, mas se esquecem que
alguns momentos de prazer podem significar problemas para o resto da
vida. Não devemos sob nenhuma hipótese jogar com a sorte e nem
fazer da nossa vida uma “roleta-russa” porque o resultado não vale à
pena. O Bareback põe em risco toda
e qualquer tentativa de diminuir os altos índices de infecção pelo
vírus HIV, porque se trata da irresponsabilidade elevada ao mais
alto grau.
As doenças
sexualmente transmissíveis não escolhem cor, gênero ou classe
social, basta se expor ao risco sem proteção que o indivíduo estará
sujeito a contrair diversas doenças que podem levar à morte. Muitas
dessas doenças não têm cura ou possuem tratamentos demorados, além de
causar sofrimentos desnecessários para o doente e seus familiares.
Quando a AIDS
chegou ao Brasil havia cerca de 15 homens infectados para cada
mulher, hoje a proporção diminuiu de 1,5 homens para cada mulher. Na
década de 80 os grupos de riscos eram bem definidos, hoje quase
três décadas depois a infecção pelo vírus HIV continua forte,
principalmente nos países pobres e está presente em todos os grupos sociais.
Embora a grande
taxa de infecção esteja na faixa etária que compreende dos 25 aos 49
anos de idade, há um significativo aumento de contágio nas pessoas
acima de 50 anos. Isto se deve ao fato de que pessoas nessa faixa de
idade ainda acreditam estar seguras por ter uma vida sexualmente
menos ativa ou porque raramente estão envolvidas com drogas
injetáveis. Essas percepções são fantasiosas, pois com o
desenvolvimento de medicamentos contra a impotência e o aumento dos
eventos sociais como bailes e grupos da terceira idade, ampliou
também a interatividade entre as pessoas que passaram a se conhecer,
namorar e naturalmente a manter contatos mais íntimos.
Outro dado
importante é a infecção em pessoas jovens. Mesmo existindo muita
informação sobre o assunto, ainda há a resistência de se utilizar
preservativos nas relações sexuais. A descoberta de novos
medicamentos foi importante no tratamento da AIDS, mas também criou
uma falsa expectativa sobre a doença e muitos jovens não se protegem
acreditando que se forem infectados, há o tratamento para
auxiliá-los.
O que não devemos
nos esquecer é que a AIDS não tem cura, nem há vacinas com eficácia
devidamente comprovada, portanto, a melhor forma ainda é a
prevenção. Fazer o teste é importante porque há pessoas que estão
infectadas e não sabem. Como a doença só se manifesta após alguns
anos do contágio, uma pessoa portadora do vírus e que seja
sexualmente ativa, pode infectar outras pessoas. Quem se descobre
soropositivo, além do preconceito, sofre também com os efeitos
colaterais dos medicamentos, como a Lipodistrofia que é o acúmulo de
gorduras em certas partes do corpo. Se o doente não tiver o apoio
necessário e a solidariedade da família, certamente não conseguirá
enfrentar a doença sozinho. |