A COP 15
termina oficialmente e o que fica é a sensação de desapontamento
- aconteceu de tudo na conferência, discursos inflamados,
manifestações de ambientalistas, muitas prisões, vazamento de
documentos importantes, confusão no credenciamento dos
participantes, enfim, um enredo típico de um filme de Hollywood.
Com metas pouco
ambiciosas, foi costurado um acordo nada robusto cujo documento
final frustrou os ambientalistas. As delegações dos países ameaçados pelo
aquecimento global também saíram aborrecidas. Gritando palavras
de ordem e exibindo cartazes como "shame", vergonha em
Português, manifestantes demonstraram repúdio ao final do
encontro.
Ao ser
questionado por uma jornalista sobre o acordo, o presidente dos
Estados Unidos Barack Obama apenas gesticulou mostrando que
havia sido pequeno. Nem a costumeira foto final reunindo os
mandatários foi feita, mas isso é fácil de entender, nenhum
presidente gostaria de ter a sua imagem associada a um possível
"fracasso".
Dizer que a
conferência da ONU para as mudanças climáticas COP 15 foi um
fracasso total seria prematuro, pois a discussão continua em
pauta e a cada conferência há um amadurecimento sobre o tema. O
grande problema é que estamos correndo contra o tempo e as
mudanças que ocorrem no clima estão chegando a um limite
perigoso. Se a temperatura média do planeta continuar a subir,
os efeitos dessa elevação serão devastadores.
O que devemos
pensar neste momento é que tipo de ambiente nós queremos deixar
como herança para as próximas gerações. Se não fizermos nada
agora, certamente a nossa geração será responsabilizada
moralmente pela oportunidade de ter feito algo para mitigar o
aquecimento global e não ter levado isso a cabo.
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