
A revolução
industrial foi importante gerando riquezas, mas junto trouxe problemas
como a poluição da
água, do ar e a contaminação do solo pelo lixo e resíduos tóxicos.
A industrialização deu início no que vem a ser hoje um pesadelo
ambiental com montanhas de lixo de demorada decomposição e com alto teor poluente.
O nosso planeta foi
programado para transformar o seu próprio “lixo” - quando a matéria
orgânica é decomposta, renova o solo proporcionando um ambiente
favorável para o surgimento de um novo ciclo. Já o lixo
produzido e descartado pelo homem na natureza demora muitos anos
para ser totalmente
absorvido pelo meio ambiente, que não está preparado para biodegradar rapidamente esses materiais.
O meio ambiente não
foi planejado para receber o lixo gerado pela produção nem tão pouco
na pós-produção quando o produto foi efetivamente consumido. Há resíduos que dependem de tecnologias caras para serem
reaproveitados e poucos estão dispostos a pagar.
O problema do lixo
urbano é tão desastroso que é um verdadeiro desafio para os
administradores públicos. As paisagens urbanas estão repletas de
maus exemplos no descarte inadequado do lixo. Garrafas
plásticas, sacolas de supermercados, pneus, pilhas, baterias e
móveis, são alguns dos problemas enfrentados pelas cidades.
Administrar o volume de lixo produzido fica cada
vez mais difícil com o aumento da renda da população que consome
mais e por conseqüência produz mais lixo.
No caso das pilhas
usadas,
o problema embora tenha soluções aparentes como o recolhimento pelos
fabricantes e importadores em pontos estratégicos, ainda está longe
de ser resolvido por se tratar de um problema cultural, ou seja, no
Brasil na maioria das vezes lixo seja ele de qual procedência for,
vai para a lata do lixo ou são jogados nas ruas,
terrenos baldios, fundos de vales, encostas ou cursos d´águas.
Pilhas e baterias liberam substâncias que são prejudiciais à saúde,
portanto não
devem ser descartadas diretamente no meio ambiente.
A situação dos
pneus usados também é muito grave, pois além de poluírem, armazena a água da
chuva que acaba se tornando pontos de desova do mosquito da dengue,
afetando a saúde das pessoas e aumentando o gasto público no controle do
Aedes Aegypti e tratamento dos infectados pela doença. O
Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, através da
Resolução no 258 de 26 de agosto de 1999,
determinou que fabricantes e importadores de pneumáticos coletassem
e dessem destinação final ambientalmente adequada, ou seja, a
determinação já existe basta se organizar para melhor cumprir a
resolução.
Boa parte do lixo
urbano tem valor comercial e conforme o problema foi aumentando e os
aterros sanitários esgotando a sua capacidade receptora, houve a
necessidade de reaproveitar certos materiais através da reciclagem
que se tornou um negócio lucrativo e gerador de renda. Os programas
de reciclagens promovidos por prefeituras e cooperativas não
resolvem o problema, mas indica um caminho viável para lidar com a
enorme quantidade de lixo produzida. As coletas seletivas poupam o
meio ambiente da construção de novos aterros ou “lixões” a céu
aberto.
Há casos bem
sucedidos na coleta seletiva como das latinhas de alumínio que
alcançaram “status de nobreza” na reciclagem, fato que confere ao Brasil a primeira posição
no ranking mundial na coleta e reaproveitamento desse tipo de material.
Algumas cores foram padronizadas para
a coleta seletiva.
Vermelho - Plástico
Amarelo - Metal
Verde - Vidro
Azul - Papel
Cinza -
Resíduo geral não
reciclável ou misturado
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