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Orientar o funcionário para que suba somente em escadas adequadas, com borracha nos pés para maior aderência, quando tiver a necessidade de alcançar locais que estejam longe do alcance das mãos, jamais improvisar, enfim, cuidados que minimizam os riscos de um acidente doméstico. Se fizermos uma pesquisa nas ocorrências do Corpo de Bombeiros de qualquer cidade, podemos encontrar um número impressionante desse tipo de acidente, principalmente envolvendo idosos.

 

Depois que eu me tornei prevencionista a minha visão e os meus sentidos estão mais aguçados, fiquei, inclusive, muito crítico para certas coisas, por um tempo pensei que estava exigente demais. Felizmente isso não estava acontecendo somente comigo, pois todos os colegas com quem conversei tinham a mesma percepção. Com o tempo as coisas devem se acalmar, mas por hora, estou muito ligado em tudo que acontece de errado a minha volta.

 

Sem querer incomodar o Jardineiro, mais do que já havia incomodado, me despedi e segui até a recepção. Ao chegar fui muito bem atendido por uma simpática recepcionista que já estava a minha espera e me pediu para que aguardasse. Eu me acomodei em um sofá macio e fiquei pensando no que responder para o entrevistador, afinal de contas era a minha primeira entrevista como profissional formado e mesmo com o estágio que já havia feito, me sentia, ainda, inseguro para exercer a profissão, mas sabia que o amadurecimento viria com o tempo.

 

15 minutos se passaram até que a recepcionista me chamasse e me encaminhasse até a funcionária encarregada do recrutamento e seleção de pessoal. Como já havia preenchido uma ficha anteriormente, restava mesmo essa conversa que seria decisiva para os meus planos de ingressar definitivamente na tão sonhada carreira de Técnico em Segurança do Trabalho. Para mim era a materialização de um sonho, muitos meses haviam se passado e foram horas de estudos até que chegasse aquele momento.

 

Uma coisa estava bastante clara para mim, eu tinha me empenhado bastante no curso, meu diploma contava com boas notas, havia explorado ao máximo os meus professores, buscando extrair conhecimentos e ensinamentos valiosos que certamente seriam úteis naquele dia, mas sabe como é! Apesar de todo o meu esforço, ainda me batia a tal da insegurança, não que eu seja uma pessoa insegura na verdadeira acepção da palavra, mas a situação me impunha isso. Talvez o medo do desconhecido cause isso nas pessoas e naturalmente a responsabilidade da profissão também colaborava para que isso ocorresse.

 

Eu tive a felicidade de ter bons professores que me ensinaram que a chave do sucesso é o conhecimento. Se eu quisesse progredir na vida, tinha que estudar muito e procurar fazer os cursos certos e direcionados a profissão que eu fosse exercer e isso foi fundamental para que eu escolhesse cursos e especializações adicionais que só agregaram valor ao meu currículo. Eu pude compreender, com as dicas que me foram passadas, que nós não podemos desperdiçar o nosso tempo, nem o nosso dinheiro, com cursos desnecessários que não acrescentarão nada ao nosso desenvolvimento pessoal, então procurei aplicar todos aqueles ensinamentos na prática, focando em cursos importantes que fazem a diferença na busca por uma vaga de emprego.

 

Caminhei por um corredor, tendo ao meu lado a simpática recepcionista, que me perguntou:

- Então, está nervoso?

 

Respondi:

- Um pouco.

 

Não deu nem tempo para esticar a conversa, pois assim que nos aproximamos, a porta foi aberta pela recepcionista, que pediu para que eu me acomodasse em uma das cadeiras que havia na sala.

 

Sentada atrás de uma mesa e envolta por um pacote de papel, que pareciam ser fichas de outros candidatos, estava a pessoa que aparentemente faria a entrevista. Enquanto eu esperava, fiquei repassando na minha cabeça algumas coisas que eu havia treinado para aquele momento, como por exemplo: Permanecer calmo, não ficar com os braços cruzados, estampar no rosto um olhar confiante, ser espontâneo e natural, tomar cuidado para não utilizar gírias, não dar respostas muito curtas ou longas demais e não esquecer de desligar o celular. Essas dicas, dizem os especialistas, causam uma boa impressão no entrevistador, mas será que na hora eu iria me lembrar de tudo aquilo? Bom, pelo menos o celular eu já havia desligado assim que saí de casa, só para garantir.

 

Finalmente a moça que estava atrás daquela mesa ergueu a cabeça, olhou fixo para mim e deu um sorriso. Parece brincadeira, mas aquilo me acalmou, pois eu já estava com as mãos suando. Então ela disse:

 

- Vamos lá!

 

Eu me levantei da cadeira em que estava sentado e me sentei em outra, bem de frente da simpática entrevistadora. Engraçado, parecia que todos naquela empresa tinham essa característica, aliás, uma das grandes virtudes do ser humano é demonstrar simpatia no trato com as pessoas, isso é importante porque “gentileza gera gentileza”, está aí um ensinamento que eu vou levar comigo para a vida toda. Como eu já estava mais tranquilo, respondi:

 

- Sim, claro!

 

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